A Parte da Fortuna, o Ponto de Iluminação e a Parte do Espírito

Os Textos aqui apresentados foram extraídos do Capítulo/Volume 09
de minha obra sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
SEU LIVRO DE VIDA ₢ 2008.




Caro Leitor,
Em relação aos vários Temas que estarão sendo apresentados
neste Trabalho
estes fazem parte e foram extraídos das Aulas 
em meu Curso Amigos das Estrelas sobre
Astrologia em sua teoria:
Minha obra sobre Astrologia da Alma e do Autoconhecimento
 apresentada através 22 Volumes/Capítulos:
SEU LIVRO DE VIDA

Quase Tudo o que Você quer Saber sobre a 
Astrologia da Alma e do Autoconhecimento

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

A Parte da Fortuna
e o Ponto da Iluminação
e a Parte do Espírito

Janine Milward

Lugares harmoniosos em termos de entradas e saídas de energias atuadas através Karmas e Samskaras e Dharma e de nosso Risco do Bordado, como um todo, e advindas da inter-relação entre Ascendente, Lua e Sol.


As Parte são assim denominadas porque são composições realizadas juntando sempre três questões importantes dentro de nosso Baile de Arquétipos no mapa astral, na Mandala Astrológica.   Possivelmente essas Partes tenham sido primeiramente usadas pelos árabes e por isso mesmo, ainda hoje são denominadas de Partes Arábicas.

Sempre as três questões importantes envolvidas no tecimento de uma Parte vão trazer consigo um Luminar e um Ponto da Grande Cruz de Encarnação - Asc, Desc, FC ou MC - e um Planeta designado para ser envolvido em função de seu arquétipo essencial.

Não estaremos estudando as tantas e tantas partes que existem... mas estaremos trazendo nossa atenção para as duas Partes que, a meu ver, são consideradas as mais importantes: a Parte da Fortuna e a Parte do Espírito.

E por que seriam consideradas as mais importantes?  Porque ambas envolvem o Ascendente - que é o registro de nossa encarnação propriamente dita e o tema que dará continuidade ao tecimento de toda a Mandala Astrológica - e os dois Luminares, o Sol e a Lua, nosso Espírito encarnado dentro de nossa Alma encarnada dentro de nosso corpo.  Sendo assim, essas Partes são realmente significativas porque acolhem os Temas do Sublime Yang e Sublime Yin enquanto Pai e Mãe e a Terra/Homem enquanto Filho.

Ambas essas Partes são consideradas como lugares harmoniosos em termos de entradas e saídas de energias atuadas através Karmas e Samskaras e Dharma e de nosso Risco do Bordado, como um todo, e advindas da inter-relação entre Ascendente, Lua e Sol.  Ou seja, sabendo o Caminhante bem harmonizar-se na interação de seu Tipo de Personalidade (Lua e Sol) com seu Ascendente - que é o ponto que marca sua encarnação propriamente dita -, certamente seu Dharma ativará seu Livre-Arbítrio em sentido de bem se conscientizar e poder assim bem resgatar seus Karmas e Samskaras previstos para essa vida e não cometer Karmas negativos para colher Samskaras negativos ainda nessa vida ou sendo deixados para vidas vindouras. 

Por tudo isso, a consideração acima sobre as Partes da Fortuna e do Espírito como “lugares harmoniosos em termos de entradas e saídas de energias” deve-se a uma série de fatores a serem bem realizados pelo Caminhante, ou seja, não é algo que ‘simplesmente lhe cai dos céus”, ao contrário, exige a atitude de boa vontade na ampliação de sua consciência. 

Penso que a Parte do Espírito é um tema bem mais sutil e subjetivo do que a Parte da Fortuna - que por si mesma também é sutil e subjetiva.  Cabe ao Caminhante, portanto, trazer da subjetividade para a objetividade ambos esses temas.

A Parte do Espírito é calcada mais estruturadamente sobre o Sol, nosso Espírito; enquanto a Parte da Fortuna é calcada mais estruturadamente sobre a Lua, nossa Alma.  Talvez seja por essas mesmas razões que eu digo que a Parte do Espírito é mais sutil e subjetiva do que a Parte da Fortuna: o Espírito em si é inteiramente subjetivo e apenas encontra sua objetividade dentro de seu recolhimento na Alma, que precisa se objetivar mais intensamente para poder adensar e se introduzir no corpo físico e realizar a encarnação da vida propriamente dita, assim como a conhecemos.  O Espírito é ligado ao Tao da Criação já no Portal entre o Mundo da Manifestação e o Mundo da Não-Manifestação.  A Alma é ligada ao Tao da Criação já inteiramente adentrado no Mundo da Manifestação, mesmo que sempre inspirado e acionado pelo Mundo da Não-Manifestação.   O Ascendente, por sua vez - que é o terceiro tema das Partes do Espírito e da Fortuna -, tem por função criar a plena objetivação de tudo aquilo que é subjetivado: o Ascendente faz parte da Terra/Homem em sua plenitude de materialização e pode sempre colher a Alma trazendo consigo o Espírito porque Luz é Matéria.


A Parte da Fortuna

Dizem alguns alfarrábios que a Parte da Fortuna é o lugar onde encontramos nossa maior felicidade... assim como se fosse o tesouro que se encontra ao final do arco-íris....  e sabemos que dificilmente (ou nunca) isso poderá acontecer... 

No entanto, ao considerarmos o fato de que o Caminhante bem atua seu Tipo de Personalidade através sua Lua de Nascimento (um Tema que vimos mais atrás, ainda nesse Trabalho) e portanto realiza uma fusão simpática dos arquétipos de seu Sol e de sua Lua em bom nível..., é certo que tudo isso poderá vir a ser manifestado em seu Eu Sou, seu Ascendente, de forma harmoniosa, não é verdade?  E, por essa mesma razão, existe a possibilidade de seu encontro com a felicidade, sem dúvida alguma.  A felicidade é algo inteiramente subjetivo e extremamente pessoal e cabe a cada um de nós transforma-la (ou não) em algo objetivo e pessoal e social e planetário!

Dentro da Roda da Fortuna, existe uma estruturação básica da Lua dentro de um dos seus possíveis Oito Tipos de Personalidade e sua interação direta em relação ao Ascendente.  Ou seja, a Lua olha para o passado da mesma forma que vivencia o presente e de que olha para o futuro.  Porém, sempre, ou quase sempre, a Lua se estrutura no conjunto de ciclos passados de sua existência ao longo de suas vivências sucessivas - ou encarnações anteriores - bem como no conjunto de ciclos passados da existência do lugar onde suas raízes são fincadas, o Planeta Terra, em nosso caso.  Em bem se estruturando nesse conjunto de ciclos passados, a Lua vivencia seu presente e tece seu futuro.  Poderíamos dizer que sempre, em termos de Lua, existe um tom arqueológico, museológico, antropológico - seja dentro da vida objetiva planetária, seja dentro da vida subjetiva da Alma ao longo de seu tecimento de sua base espiritual.

O Ascendente, por outro lado, é algo que nos acontece dentro dessa mesma encarnação do aqui-e-agora, nossa vida de hoje.  A partir da definição do grau do Ascendente dentro da Latitude e da Longitude para onde o mapa astral está sendo formado, todo o restante da Mandala Astrológica é construído, acolhendo os demais Pontos, os Luminares, os Planetas e os Planetóides e tudo o que mais for importante para essa construção - sob o Tao da Criação.  Sabemos que o Ascendente marca o lugar exatamente ao horizonte leste por onde algum grau dentro dos trinta graus de cada Signo estará se levantando, estará surgindo.  Por isso mesmo, o Ascendente marca a encarnação propriamente dita, o Eu Sou propriamente dito, é nossa grande marca de nascimento.  O Ascendente é nossa verdadeira primavera de vida, nessa encarnação.

Existem alguns alfarrábios que citam a possibilidade de mantermos o mesmo grau de Ascendente durante todo um longo ciclo de vivências sucessivas passando por 360 graus de possibilidade de inserção de nosso Sol e por 360 graus de possibilidade de inserção de nossa Lua!  Eu não sei dizer se sim ou se não e não penso que essa afirmação ou essa negação ou esse questionamento ?? faça parte desse nosso Trabalho.   A verdade é que eu tenho um firme posicionamento diante vários questionamentos ??? que venho me deparando ao longo de minha vida, junto aos alfarrábios e aos autores e aos pensadores: eu sempre prefiro aguardar a chegada, ou pelo menos uma maior aproximação, da Era de Aquário que, sem dúvida alguma, estará nos esclarecendo vários e vários conceitos de forma bem transparente... diferente da Era de Peixes que ainda nos acolhe e que possui o arquétipo da nebulosidade, do véu de Ísis encobrindo alguns grandes segredos.  Aliás, eu penso realmente que ainda teremos o Transplutoniano Ísis sendo descoberto mais à frente - não sei dizer se em breve ou médio ou longo futuro à frente -,  e que venha nos revelar vários dos segredos que hoje ainda permanecem sob nebulosidade, sob seu véu e isso somente deverá acontecer quando a Terra/Homem estiver pronto para tanto!

Por tudo isso, quando realizamos a fusão entre um determinado Tipo de Personalidade sendo realizado pela nossa Lua de nascimento com o Ascendente, estaremos encontrando nosso passado e presente e futuro entrelaçado à nossa encarnação propriamente dita!

Tendo isso em mente, com a adição dos graus desdobrados dentro da Mandala Astrológica dos Doze Signos em seus 360 graus de completude, tanto para o Ascendente quanto para a Lua, encontraremos o momento real dessa fusão entre nossa encarnação atual acolhendo nosso passado e nosso presente e nosso futuro.

No entanto, ainda precisamos realizar a questão do Sol.  Sabemos que a Lua, nossa Alma, é contenedora do Sol, é aquela que expressa através de si mesma, a função mais essencial do Sol, nosso Espírito - e astronomicamente, realiza isso todas as noites através a emissão de sua luz recebida do Sol através seu Albedo!  Sabemos que a Lua traz consigo todo nosso museu arqueológico e antropológico, digamos assim, de nossos ciclos passados de vivências sucessivas a serem vivenciados nessa nossa vivência de hoje e assim, estaremos tecendo nossas vivências sucessivas do futuro.  E sabemos que ao longo de todas essas vivências, nosso Espírito é manifestado através a realização dessa nossa Alma que vai encarnando através nosso corpo físico, ao longo de nossas vivências sucessivas.

Gostaria que doravante, caro Amigo das Estrelas, você observe que:

-          Quando o mapa apresenta a Lua entre Nova a Crescente, a Parte da Fortuna irá se situar entre o Ascendente e ao final da Terceira Casa;
-          quando a Lua se encontra entre Crescente e Cheia, a Parte da Fortuna irá se situar entre o Fundo do Céu e o final da Sexta Casa;
-          quando a Lua se encontra entre Cheia e Minguante, a Parte da Fortuna irá se situar entre o Descendente e o final da Nona Casa;
-          e quando a Lua se encontra entre Minguante e Nova, a Parte da Fortuna irá se situar entre o Meio do Céu e o final da Casa Doze.

Dessa forma, veremos que:

-          da Lua Nova até a Lua Cheia, a Parte da Fortuna recairá dentro do Hemisfério Yin, dos Gomos do Eu Pessoal e do Eu Individualizado da Mandala Astrológica, entre o Ascendente e o começo da Casa Um até o final da Casa Seis. 
-          da Lua Cheia até a Lua Nova, a Parte da Fortuna recairá dentro do Hemisfério Yang, dos Gomos do Eu Social e do Eu Planetário da Mandala Astrológica, entre o Descendente e o começo da Casa Sete ao final da Casa Doze.

É, portanto, interessante que observemos que os Tipos de Personalidade de Luas mais exteriorizadas e mais objetivas e mais buscadoras da ampliação mais objetivada da consciência - da Lua Nova até a Lua Cheia -, terão a Parte da Fortuna dentro de seus Hemisférios Pessoais e Individualizados!  Existe, pois, uma fusão de valores objetivos e subjetivos, sociais e pessoais, atuando de forma entrelaçada, buscando desafiar esses mesmos valores e buscando alcançar suas harmonias, seus equilíbrios entre os mesmos.

Por outro lado, os Tipos de Personalidade  de Luas mais interiorizadas e mais subjetivas e mais concluidoras da ampliação objetivada da consciência - da Lua Cheia até a Lua Nova -, terão a Parte da Fortuna dentro de seus Hemisférios Sociais e Planetários!  Existe, pois, uma fusão de valores subjetivos e objetivos, pessoais e sociais, atuando de forma entrelaçada, buscando a conclusão desses mesmos valores e buscando alcançar suas harmonias, seus equilíbrios entre os mesmos.

Não podemos nos esquecer que:

-          O Tipo de Personalidade que vai da Lua Nova até a Lua Cheia sempre, à sua maneira, busca a ampliação da consciência e a objetivação de sua exteriorização para alcançar essa meta e a meta é a concretização do clímax da busca da ampliação da consciência.
-          Enquanto o Tipo de Personalidade que vai da Lua Cheia até a Lua Nova sempre, à sua maneira, busca a conclusão da consciência adquirida que foi plenamente exteriorizada e objetivada e tem como meta  a subjetivação de sua interiorização, de forma a fechar um ciclo e se preparar para um novo ciclo a vir-a-ser.



O Ponto da Iluminação

Alguns autores bem conceituados - Dane Rudhyar, por exemplo - nos dizem que existe um Ponto a ser observado como complementariedade à Parte da Fortuna: é o Ponto da Iluminação, oposto e complementar ao lugar em signo e em Casa Astrológica onde encontramos a Roda da Fortuna, ou Parte da Fortuna.

Esse Ponto da Iluminação atua como a polaridade existente em tudo aquilo que existe sob o Tao da Criação, e estaria atuando como um ponto de equilíbrio, digamos assim, em relação à Parte da Fortuna.  Faz sentido.  Podemos compreender que a Parte da Fortuna - sendo encontrada através a inter-relação entre Ascendente (Homem/Terra) e Lua e Sol - vem nos apresentar um ponto de energia bem objetivada, em nosso Risco do Bordado.  O Ponto da Iluminação, por outro lado, vem nos apresentar um ponto de energia bem subjetivada, em nosso Risco do Bordado.  À medida que vamos tecendo mais e mais conscientemente nossa vida através nosso Risco do Bordado e seu Baile de Arquétipos, a Parte da Fortuna vai se mostrando mais e mais objetivamente atuante e, dessa forma, também fazendo atuar de forma mais objetiva nosso Ponto da Iluminação!

De qualquer forma - por estarem contrabalanceados em suas polaridades opostas e complementares o Ponto da Iluminação e a Parte da Fortuna, é certo se afirmar que esta última se apresenta de forma bem mais pragmática e objetivada em nossa vida e a primeira se apresenta sendo movimentada a partir de nossa vivência em relação à Parte da Fortuna.  Trocando em miúdos: passamos a ter uma consciência - menor ou maior - acerca nosso Ponto de Iluminação somente quando estamos vivenciando de forma mais consciente nossa Parte da Fortuna.... de outra forma, o Ponto de Iluminação permanece obscuro, não conscientizado, mesmo que existente e atuando, de uma forma ou de outra.

Eu aconselho você, caro Amigo das Estrelas, a buscar em seu próprio Risco do Bordado esse Ponto da Iluminação e chegar às suas próprias conclusões acerca de sua atuação subjetiva ou objetiva sobre o mesmo.


A Parte do Espírito

Em relação à Parte do Espírito, estaremos novamente lidando com as questões arquetípicas acima comentadas acerca o Ascendente e o Sol e a Lua (e certamente o Tipo de Personalidade envolvendo os Luminares), porém agora já não mais estaremos nos estruturando sobre nosso passado e presente e futuro delineados pelas vivências sucessivas de nossa Alma ao longo de suas tantas e tantas encarnações trazendo consigo o Espírito para serem ambos vivenciados nos corpos físicos (Ascendentes) que vão sendo formados, na longa jornada da Alma em busca de sua Evolução, sua fusão ao Tao da Criação...  Estaremos sim, nos estruturando no próprio Espírito subjetivo que sempre é trazido por nossa Alma que O reflete de maneira inteiramente objetivada!

Sendo assim, será o Sol o arquétipo a ser adicionado ao Ascendente e o produto dessa adição estará subtraindo a Lua, a fim de que encontremos a Parte do Espírito.

Por tudo isso, veremos que a Parte do Espírito é um tema bem mais sutil e subjetivo do que a Parte da Fortuna - que por si mesma também é sutil e subjetiva.  Cabe ao Caminhante, portanto, trazer da subjetividade para a objetividade ambos esses temas.

A Parte do Espírito é calcada mais estruturadamente sobre o Sol, nosso Espírito; enquanto a Parte da Fortuna é calcada mais estruturadamente sobre a Lua, nossa Alma.  Talvez seja por essas mesmas razões que eu digo que a Parte do Espírito é mais sutil e subjetiva do que a Parte da Fortuna: o Espírito em si é inteiramente subjetivo e apenas encontra sua objetividade dentro de seu recolhimento na Alma, que precisa se objetivar mais intensamente para poder adensar e se introduzir no corpo físico e realizar a encarnação da vida propriamente dita, assim como a conhecemos.  O Espírito é ligado ao Tao da Criação já no Portal entre o Mundo da Manifestação e o Mundo da Não-Manifestação.  A Alma é ligada ao Tao da Criação já inteiramente adentrado no Mundo da Manifestação, mesmo que sempre inspirado e acionado pelo Mundo da Não-Manifestação.   O Ascendente, por sua vez - que é o terceiro tema das Partes do Espírito e da Fortuna -, tem por função criar a plena objetivação de tudo aquilo que é subjetivado: o Ascendente faz parte da Terra/Homem em sua plenitude de materialização e pode sempre colher a Alma trazendo consigo o Espírito porque Luz é Matéria.


Como Encontrar a Parte da Fortuna e a Parte do Espírito:

Desdobramento dos graus dos Doze Signos em graus da totalidade da Mandala Astrológica:

(Alguns autores consideram o primeiro grau de um signo o grau 01 enquanto outros autores consideram o grau 00.  Em qualquer caso, abaixo eu menciono ambas essas circunstâncias e o Caro Amigo das Estrelas faz sua escolha)

Áries - 01 a 30 (ou 00 a  29)
Touro - 31 a 60 (ou 30 a 59)
Gêmeos - 61 a 90 (ou 60 a 89)
Câncer - 91 a 120 (ou 90 a 119)
Leão - 121 a 150 (ou 120 a 149)
Virgem - 151 a 180 (ou 150 a 179)
Libra - 181 a 210 (180 a 209)
Escorpião - 211 a 240 (ou 210 a 239)
Sagitário - 241 a 270 (ou 240 a 269)
Capricórnio - 271 a 300 (ou 270 a 299)
Aquário -  301 a 330 (ou 300 a 329)
Peixes - 331 a 360 (ou 330 a 359)

Em relação à Parte da Fortuna, à adição realizada pela Lua junto ao Ascendente, estaremos subtraindo os graus desdobrados do Sol, em relação ao signo onde se encontra em nossa Mandala Astrológica.  E é preciso que matematicamente isso aconteça para que o grau encontrado - a Parte da Fortuna - seja novamente desdobrado e encontre seu lugar dentro da Mandala Astrológica em termos de Signo e de Casa Astrológica, isso é certo!

Como um exemplo: um Caminhante com o Sol a 08Libra54, com a Lua a 26Gemeos56 (Lua Disseminadora) e com o Ascendente a 03Sagitário48..., poderemos desdobrar esses arquétipos da seguinte maneira:

Sol 180+08.54= 188.54
Lua 60+26.56= 86.56
Ascendente 240+03.48= 243.48

Lua+Ascendente= 330.04
330.04-Sol188.54=141.50
desdobrado em Signo, nos traz 21Leão50 como Parte da Fortuna

Em relação à Parte do Espírito, à adição realizada pelo Sol junto ao Ascendente, estaremos subtraindo os graus desdobrados da Lua:

Sol 180+08.54= 188.54
Lua 60+26.56= 86.56
Ascendente 240+03.48= 243.48

Sol+Ascendente = 432.02
432.02- Lua 86.56= 345.46
desdobrado em Signo, nos traz 15Peixes46 como Parte do Espírito



Algumas Conclusões acerca as Partes da Fortuna e do Espírito

Parte da Fortuna Pessoal/Individual e Parte da Fortuna Social/Planetária:

Quando encontramos a Parte da Fortuna morando no Hemisfério que inclui os Gomos Social e Planetário - entre o Descendente e o final da Casa Doze -, haveremos de encontrar a Parte do Espírito morando no Hemisfério que inclui os Gomos Pessoal e Individual, na Mandala Astrológica.

Muitas vezes, ao tratar desses Temas com clientes ou mesmo com alunos, eu uso dizer que um irá ser denominado como Parte da Fortuna Pessoal/Individual e o outro, como Parte da Fortuna Social/Planetária.  Eu uso dizer isso porque o nome Parte da Fortuna ou Roda da Fortuna é bem conhecido por todos enquanto Parte do Espírito, já nem tanto, realmente, e levaria uma enormidade de tempo e de conceitos explicados ao aluno ou ao cliente... e portanto, muitas vezes, eu opto por fazer as coisas ficarem mais fáceis de serem compreendidas.

Posicionamentos por Signo e por Casa Astrológica das Partes da Fortuna e do Espírito:

Bem, é certo que existem vários alfarrábios trazendo seus comentários e descrições a respeito desses Temas acerca a moradia, por signo e por Casa, das Partes da Fortuna e do Espírito..., portanto eu penso ser desnecessário me estender sobre essas questões, nesse trabalho.  Além disso, eu penso também que não é muito interessante ficarmos decorando..., céus!... acerca desses posicionamentos.  Basta que estudemos aplicadamente acerca o que significam as Partes e o que significam os Doze Signos e as Doze Casas e que nos proponhamos  a bem fusionar essas circunstâncias.  Sempre a prática, sempre o trabalho propriamente dito, dentro da consultoria astrológica com o astrólogo diante do Caminhante... é que ensina, realmente!  (Comentamos extensivamente a esse respeito em Aula anterior, ao final de nossa Primeira Fase de nosso Curso Amigos das Estrelas).

No entanto, eu gostaria de lembrar ao caro Amigo das Estrelas para não perder de vista a situação da Trilogia Terra/Homem (realizada através o Ascendente) e o Sol e a Lua quando estiver diante da leitura e da interpretação das Partes da Fortuna e do Espírito.  As Partes da Fortuna e do Espírito não são Pontos Autônomos dentro de nossa Mandala Astrológica, não, de forma alguma, bem ao contrário, são Temas sempre tendo que ser fusionados ao Ascendente e ao Sol e à Lua, sem dúvida alguma, não se esqueça disso, caro Amigo das Estrelas.  (Mais abaixo, encontre uma resumida descrição do mapa astral de onde foram extraídas as Partes comentadas mais acima, em nosso exemplo de desdobramento de graus).

Aspectos entre as Partes da Fortuna e do Espírito entre si e entre o Baile dos Arquétipos na Mandala Astrológica:

É sempre interessante que possamos trabalhar todo o tempo estruturados nos Aspectos - embora eu nunca aconselhe que qualquer leitura e interpretação de um mapa seja somente e tão somente estruturada sobre os Aspectos... e sim que estes deverão ir se pronunciando vagarosamente, à medida que a leitura e a interpretação forem prosseguindo. (Já tivemos oportunidade de conversar sobre esse Tema em Aula anterior, ainda na Primeira Fase de nosso Curso Amigos das Estrelas).

Ao levantarmos um mapa astral, é importante que vejamos os posicionamentos das Partes da Fortuna e do Espírito e certamente, os Aspectos que formam entre si - se são harmoniosos ou se não são harmoniosos.

Se tomarmos como exemplo a inter-relação de Sol e Lua e Ascendente acima comentados, veremos que a Parte da Fortuna cai em 21 de Leão e que a Parte do Espírito cai em 15 de Peixes: encontraremos, portanto, o Aspecto do Quincúncio, que não é exatamente um Aspecto muito harmonioso, bem ao contrário.  Nesse caso, o Caminhante que tiver esse Aspecto entre suas duas Partes principais em seu Risco do Bordado, terá que bem buscar a harmonização entre ambos, sem dúvida alguma.

A bem da verdade, enquanto eu ia escrevendo esse texto sobre as Partes, eu precisava de buscar um mapa onde me estruturar e então simplesmente levantei o mapa do momento: dia 02 de outubro de 2007, às 08:47 da manhã, para o Rio de Janeiro, diferença de + 2h53m, Sistema Koch.

Encontrei um Sol radiosamente libriano em Casa Onze; uma Lua simpaticamente geminiana ao final de Casa Sete  geminiana e querendo apostar sua entrada em Casa Oito já canceriana; um Ascendente expansivamente morando no comecinho do signo de Sagitário.  E encontrei a Parte da Fortuna em Conjunção ao Meio do Céu - pois que esse mapa se mostrou com  signos interceptados em Casas Cinco e Onze (inclusive o Sol libriana se encontra interceptado em Casa Onze) - e encontrei a Parte do Espírito em plena Conjunção, grudadinha mesmo, a Urano pisciano em Casa Quatro!

Esse mapa nos aponta para o Tipo de Personalidade Lua Disseminadora, com a Lua fazendo um Trígono por Signo com o Sol - Lua em final de Gêmeos e Sol em começo de Libra (quase por um triz, a Lua não faz um Quadrado, por graus e/ou por signo, com o Sol!).  o Sol faz um simpaticíssimo Sextil com o Ascendente e o Ascendente e a Lua fazem uma Oposição por signo e por Casa (e quase fazem um Quincúncio por graus e/ou por signo).  De qualquer forma, eu diria que existe uma muito boa harmonização entre Ascendente e Lua e Sol - porque estaremos encontrando Luminares em Elemento Ar tanto em signos quanto em Casas Astrológicas e Ascendente em Elemento Fogo (em signo e em Casa Astrológica).  Portanto, existe um tom de expansão de conhecimentos aliado à multiplicidade desses mesmos conhecimentos e tudo isso tendo que ser realizado de forma bem expansiva porém harmoniosa e compartilhativa e associativa e grupal e comunitária.

E como todas essas entradas e saídas de energia poderão acontecer de forma que nos possam trazer felicidade de atuação de nosso Dharma e de resgates e vivências de Karmas e Samskaras? Como poderemos fusionar nossa ação objetiva de vida com nossa ação subjetiva de vida, nosso mundo pragmático e nosso mundo espiritual?  Algumas dessas respostas poderão vir a ser encontradas através as Partes da Fortuna e do Espírito!

A Parte da Fortuna em Leão, colada ao Meio do Céu também leonino, têm ambos a regência do Sol Libriano interceptado e em Casa Onze - enquanto Vênus se encontra em Leão e ao lado da Parte da Fortuna: Alvíssaras!  Existe um tom interessante de luminosidade aliada à harmonia  nas metas a serem alcançadas e dentro da ação grupal e planetária.  Saturno já em começo de Virgem e em Conjunção com o Nodo Sul nos faz ver que tudo isso faz parte de bagagens que estão sendo trazidas à baila de suas existências e que são importantes e cheias de responsabilidades em seus trabalhos e que se prestam aos talentos naturais e formadores de riqueza pessoal bem como de expressão de comunicação e de troca (com Saturno regendo o Capricórnio de Casa Dois e de Casa Três).  O Nodo Norte, por outro lado, em Peixes, mora em Casa Quatro e é seguido por Urano grudado à Parte do Espírito!  Existe, pois, um tom de direcionamento desse Trem da Vida para redesenhar as raízes da vida em sua Locomotiva e para tanto é preciso um bom Despertar de Consciência (agido por Urano) aliado às intenções de ação espiritual aprofundada (através da Parte do Espírito).  Estando em Peixes, a Parte do Espírito é regida pelo Netuno aquariano que se encontra a um grau do Fundo do Céu aquariano, nos dizendo que essas raízes deverão ser espiritualmente bem sedimentadas em termos comunitários e cooperativistas.

No entanto, vimos que existe um Quincúncio (por signo e por graus) entre a Parte da Fortuna e a Parte do Espírito - mesmo que ambas estejam posicionadas em Casas Astrológicas opostas e complementares, as Casas Dez e Quatro.

Podemos, então, pensar que esse Quincúncio nos diz uma coisa para a Parte da Fortuna e nos diz outra coisa para a Parte do Espírito.  Trocando em miúdos: para a Parte da Fortuna, nos é inspirado dizer que tudo tem tudo para dar certo - em termos públicos e sociais do alcance das metas publicas e sociais e comunitárias.  Para a Parte do Espírito, nos é inspirado dizer que, se tudo (ou quase tudo) puder ser redesenhado e revolucionado... é mesmo possível encontrar-se uma boa solução - em termos de raízes e de sedimentação planetária.

É interessante percebemos que o Quincúncio nos parece trazer uma certa proteção, digamos assim, para a Parte da Fortuna, posicionada entre o Meio do Céu e o Planeta Vênus, que bom!  E nos parece que o Quincúncio traz uma certa força demolidora, digamos assim, para a Parte do Espírito - em função de sua Conjunção em mesmo grau ao Urano redesenhador, despertador, corte guilhotinal!  Céus, ambos estão no mesmíssimo grau e com apenas 4 minutos de diferença! Céus!  Mais parece um raio caindo por sobre a Casa Quatro!  Velas e orações e propósitos espirituais deverão ajudar, não é verdade?

Os Símbolos Sabianos e as Estrelas Fixas Protetoras para melhor exemplificarem as Partes da Fortuna e do Espírito:

Sendo o grau 21Leão50 representativo para a Parte da Fortuna, leia sobre seus Símbolos Sabianos e sobre suas Estrelas Protetoras (a re-leitura dos Símbolos foi realizada por mim, Janine, e a tradução das Estrelas, também).


Galinhas intoxicadas agitam atabalhadoamente as asas, tentando voar.
O grau 21 de Leão revela uma pessoa que precisa amadurecer bastante durante essa sua encarnação. Esse amadurecimento pode ser dar em vários níveis, do mais pessoal ao mais social, e certamente, ao longo de sua vida, a pessoa vai percebendo quais são os pontos certos que deverão ser amadurecidos – pois esses pontos se mostram sub-realizados ou realizados com certa imaturidade. Sua palavra-chave é "Expansão prematura da consciência".

Um pombo-correio cumprindo sua missão. 
O grau 22 de Leão revela uma pessoa com um alto grau de desenvolvimento de sua Identidade no sentido de levá-la a alcançar a Humildade e, dessa maneira, poder desenvolver seu Trabalho de Encarnação com perfeição. É um grau de profundo auto-conhecimento de sua necessidade de Ser à coletividade, é um grau de devoção. Sua palavra-chave é "Servidor do Mundo".

DUBHE - 14:45 LEAO - Alpha Ursa Maior
Loving but forceful – afetiva porém um   tanto forçadora de barra...  Um pouco de cuidados deveria ser usado quando se trabalhando com esta estrela desde que ela é circumpolar para o hemisfério norte e nunca se levanta para as latitudes mais ao sul... – sendo assim, difícil de ser vista por nós e por isso, seu uso é bem subjetivo do que objetivo – a não ser que a pessoa exerça questões voltadas para o hemisfério norte em sua vida.
É uma estrela conectada à Grande Mãe – tanto em sua proteção e nutrição mas também dentro das forças extremas e duras da Mãe Natureza.  Esotericamente, é a fonte do Quinto Raio através de Leão, de Sagitário e de Aquário.
REGULUS - 29:29 LEÃO - The Heart of the Lion - Alpha Leo
Success if revenge is avoided. Sucesso, desde que a vingança seja evitada. É uma estrela voltada para o mito de um  rei da Persia, Feridum que  era próspero mas que perdeu tudo em função de ter se envolvido com questões de vingança.
Regulus  é uma estrela real e é guardiã do norte.  Todas as estrelas reais nos prometem um grande potencial de sucesso desde que questões de baixo calão sejam evitadas – nesse caso, a vingança.


Sendo o Grau 15Peixes46 representativo da Parte do Espírito, leia sobre seus Símbolos Sabianos e suas Estrelas Protetoras (a re-leitura dos Símbolos foi realizada por mim, Janine, e a tradução das Estrelas, também).

Um oficial instrui seus homens antes de um ataque simulado, a ser realizado sob uma barreira de projéteis verdadeiros. 
O grau 15 de Peixes nos revela uma pessoa ou situação que, em alcançando o poder e a autoridade em cargos públicos e sociais, deverá estar sempre atento ao fato de que ele e seu grupo deverão se aprontar para assumir não apenas suas responsabilidades como também enfrentar galhardamente os desafios e vicissitudes. Para tanto, sua palavra-chave é "Valorização".

Na calma do seu estúdio, um indivíduo criativo experimenta um fluxo de inspiração. 
O grau 16 de Peixes nos revela uma pessoa ou situação que, ao longo de sua vida, vai desenvolvendo sua inspiração e forças interiores de forma a fusionar sua vida à vida do inconsciente coletivo e da grande espiritualidade, se assim o desejar. Sua palavra-chave é " Força Subjetiva".

ACHERNAR - 14:57 PEIXES - The bright star at the end of the river. Alpha Eridanus
É uma pessoa que enfrentará muitos riscos e vicissitudes em sua vida e portanto saberá se movimentar bem de uma situação a outra, de uma dificuldade à outra.
Êxito, religiosidade, beneficência
MARKAB – 23:27 PEIXES – alpha Pegasi
Honra, riqueza, fortuna

Com um abraço estrelado,
Janine Milward


Os Textos aqui apresentados foram extraídos do Capítulo/Volume 09
de minha obra sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
SEU LIVRO DE VIDA ₢ 2008.




Caro Leitor,
Em relação aos vários Temas que estarão sendo apresentados
neste Trabalho
estes fazem parte e foram extraídos das Aulas 
em meu Curso Amigos das Estrelas sobre
Astrologia em sua teoria:
Minha obra sobre Astrologia da Alma e do Autoconhecimento
 apresentada através 22 Volumes/Capítulos:
SEU LIVRO DE VIDA

Quase Tudo o que Você quer Saber sobre a 
Astrologia da Alma e do Autoconhecimento

Com um abraço estrelado,
Janine Milward